A importância de cuidar da saúde intestinal

Manter a saúde intestinal em dia é parte essencial para a manutenção de uma vida saudável. Além de ser responsável pela produção e eliminação das fezes, essa parte do corpo contém uma flora riquíssima, com inúmeros micro-organismos responsáveis por regular diversas funções do organismo.

Quando falamos do intestino, estamos nos referindo às suas duas partes: a grossa e a delgada, que têm diferentes funções. De maneira resumida, no intestino delgado acontece a absorção dos nutrientes provenientes dos alimentos. Já o intestino grosso é responsável por absorver água e sais minerais. O que sobra desse processo são as fezes.

O intestino é habitado, ao longo de toda a sua extensão, por um número inimaginável de micro-organismos, com números que chegam aos trilhões. Porém, diferente dos vírus, bactérias e fungos que nos causam doenças, esses habitantes do nosso intestino estão ali cumprindo funções importantes, como ajudando na digestão de alimentos e colaborando com as defesas do corpo humano, entre outras tarefas.

Foi exatamente isso o que conversamos com a nutricionista Nara Vanessa Barros, que também é professora, mestre e doutora em Alimentos e Nutrição pela Universidade Federal do Piauí. Confira o nosso bate-papo:

Assista a entrevista na íntegra sobre “A importância de se cuidar da saúde intestinal” Por Nehemias Lima – Jornalista.

 
DO QUE EXATAMENTE ESTAMOS FALANDO QUANDO USAMOS A EXPRESSÃO SAÚDE INTESTINAL?

Ela é importante em vários aspectos. Primeiro, precisamos entender que em nosso intestino vivem inúmeros microrganismos. Ter bactérias, para algumas pessoas, traz um aspecto negativo. As pessoas associam bactérias com algo negativo. No entanto, nem todas essas bactérias são ruins. Existem bactérias consideradas boas e essa é a diferença. Precisamos entender que tipos de bactérias são boas para que possamos extrair seus benefícios.

Ainda no momento da nossa formação, na barriga da nossa mãe, há essa formação, essa colonização bacteriana. Com o desenvolvimento do bebê, vai havendo uma diversificação nesses tipos de bactérias.

É interessante que o indivíduo, ao longo da vida, adquira hábitos para que essa colonização bacteriana seja feita da melhor forma possível. Elas também ajudam no metabolismo com um todo, toda a questão metabólica do indivíduo, as bactérias também ajudam na produção de vitaminas, regulam nosso funcionamento intestinal, regulam a movimentação desse intestino e também protegem nosso organismo contra agentes invasores, auxiliando nosso sistema imunológico e a composição bacteriana presente nesse intestino ajuda, quanto mais bactérias boas colonizando nosso intestino, melhor.

COMO PODEMOS FAZER PARA MANTER ESSAS BACTÉRIAS BOAS NA MICROBIOTA INTESTINAL? EXISTEM HÁBITOS QUE PODEMOS TER PARA MELHORAR ISSO?

Sim, existem vários hábitos. O foco é alimentação e atividade física para podermos garantir que essas bactérias boas estejam ali sempre em equilíbrio, ou seja, uma quantidade maior de bactérias boas em relação às bactérias consideradas ruins.

Na alimentação, por exemplo, a qualidade da alimentação é super importante. Você deve inserir mais frutas, vegetais e alimentos ricos em fibras alimentares vão ajudar a modular essa composição dessa microbiota, ajuda no funcionamento intestinal, além de outros benefícios.

Dentro ainda da alimentação, vale evitar consumir alimentos industrializados e ultraprocessados. Beber bastante água para manter a hidratação até inserir alguns alimentos chamados de pró bióticos que são alimentos adicionados de microrganismos vivos. Por exemplo, os iogurtes são alimentos fermentados e exemplos de probióticos, temos também a Kombucha que é uma bebida fermentada e o kefi que também é um bom exemplo de probiótico.


A BOA ALIMENTAÇÃO E A PRÁTICA DE EXERCÍCIOS FÍSICOS É UM CASAMENTO QUE SEMPRE DÁ CERTO, NÃO É ISSO?ESSA COLABORAÇÃO ENTRE OS PROFISSIONAIS DA SAÚDE É FUNDAMENTAL.

Sim, são dois grandes pilares para se trabalhar a saúde intestinal. A alimentação, com a presença do profissional da nutrição é imprescindível já que ele é o único profissional capacitado para poder auxiliar na prescrição da dieta mais adequada.

A associação com a atividade física se faz necessária, agora com a participação de um educador físico para auxiliar nesse processo.

Outros profissionais também se fazem necessários nesse acompanhamento, a exemplo do psicólogo que vai ajudar o paciente em outras questões que irão influenciar nesse comportamento alimentar, até porque muitos dos problemas que envolvem a alimentação começam na mente, então essa interdisciplinaridade é precisa.

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