A fototerapia é a modalidade terapêutica que aplica exposições repetidas e controladas de radiação ultravioleta para alterar a fisiologia cutânea de modo a induzir a regressão ou controlar a evolução de diversas dermatoses.
Em palavras mais simples, trata-se de uma terapia com luzes artificiais que podem estimular ou inibir a atividade celular. Esse tratamento é muito utilizado para combater doenças como psoríase, vitiligo, tipos de eczema (alergias), linfoma cutâneo, esclerodermia, líquen plano, urticária, etc.
A área afetada é exposta à luz por um tempo predeterminado enquanto os olhos do paciente são protegidos com uma espécie de tapa-olho durante todo o processo. O procedimento é feito com um aparelho que emite raios ultravioleta cuja ação anti-inflamatória e imunossupressora interfere na produção de células nessas regiões específicas da pele.
Diretamente de Portugal, o Instituto GPI recebeu o biomédico e mestre em radiação nuclear Ricardo Aguiar, para ministrar um módulo em nossa pós-graduação em Saúde Estática Avançada com o tema fototerapia aplicada à estética. O profissional ressalta que hoje em dia existem estudos que apontam que a fototerapia pode ser utilizada inclusive nas doenças do cérebro. Confira a nossa conversa:
Assista a entrevista na íntegra sobre “Fototerapia aplicada à estética: saiba mais sobre o assunto” Por Nehemias Lima – Jornalista.
O QUE É DE FATO A FOTOTERAPIA E COMO ELA PODE SER APLICADA NA ESTÉTICA?
Quando falamos dos nossos clientes em estética, todas as pessoas têm suas histórias e suas vidas mas também têm um universo de processos fisiológicos que irão demandar uma atenção porque estão com rugas, sinais, manchas, seja o que for. Nesses casos, precisamos saber o que fazer com essas pessoas. Se lembramos que toda matéria é feita de energia e energia é luz e existem aparelhos no mercado que trabalham com luz, teremos como repor algumas coisas àquele paciente, àquela necessidade através da luz.
POR EXEMPLO? O QUE TEM NO MERCADO DISPONÍVEL PARA TRATAMENTOS ESTÉTICOS COM BASE NA FOTOTERAPIA?
Podemos fazer peelings com CO² ou luz para melhorar uma cicatrização e diminuir um queloide, por exemplo. O peeling usando laser o laser queima um pouco a pele para causar algo que vá renovar a pele para termos uma pele nova.
Pacientes que passou por uma cirurgia, por exemplo, podemos aumentar a qualidade daquele processo inflamatório ou até parar, dependendo do caso. É a chamada fotobiomodulação.
A FOTOTERAPIA TAMBÉM TEM SIDO APLICADA EM TRATAMENTOS PARA O CÉREBRO, PROCEDE?
Sim, se olharmos para a laserterapia de uma forma progressiva vimos na década de 70 o ilib (criação dos russos) e depois ele passou a ser transdérmico, sem necessidade de furar a pele e começou-se a ter aparelhos transcraniais com terapias para estimular o cabelo. Hoje já s estudam Parkinson e Alzheimer também através desses aparelhos estimulando o encéfalo e trazendo respostas interessantes através do laser transcraniano.
A ESTÉTICA TEM PAPEL FUNDAMENTAL INCLUSIVE NA SAÚDE MENTAL DOS INDIVÍDUOS, APESAR DE MUITAS PESSOAS TRATAREM A ESTÉTICA COMO ALGO ACESSÓRIO E ATÉ DESNECESSÁRIO. COMO VOCÊ AVALIA ESSES ESTUDOS EM ESTÉTICA E A IMPORT NCIA DOS PROFISSIONAIS E SE APRIMORAR CADA VEZ MAIS NESSA ÁREA?
A definição de saúde nos diz que saúde é o pleno estar psíquico social do homem. Então não adianta o indivíduo estar musculoso, com saúde física, correndo 10 km sem cansar e alguém chegar e falar uma crítica sobre alguma mancha, algo no cabelo, o que for de mudança estética. As vezes as pessoas nos comparam e nós mesmos não gostamos de algo em nossa estética.
Isso é muito bom pois o profissional se obriga a não ficar parado no tempo. Com isso, tem-se ganhos financeiros e profissionais, além da satisfação do cliente que não tem preço. Esse conhecimento não cai do céu, o profissional tem que ir atrás.
E A TECNOLOGIA A FAVOR DA FOTOTERAPIA, COMO ELA SE COMPORTA?
O laser já tem 60 anos, mas ainda é desconhecido para muitos. Não há muita ciência nesses aparelhos então o profissional é que tem que saber operar. A forma de aplicar é que tem modificações. O laser em si não sofreu muitas modificações ao longo desse tempo, então a tecnologia é a mesma, mas os profissionais têm que estar capacitados para manusear.