Novembro Azul: Entendendo o Exame do Antígeno Prostático Específico (PSA)

A força das campanhas de prevenção, que adotam cores e meses, é sem dúvida enorme, e graças a elas, muita informação segura e confiável acerca da prevenção e diagnóstico de diversos problemas de saúde podem chegar às populações dos mais variados setores. Em Novembro, a principal campanha de prevenção em destaque é sem dúvidas do Novembro Azul e a prevenção do Câncer de Próstata. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), um a cada nove homens será diagnosticado com câncer de próstata durante sua vida.

O grande objetivo da campanha é incentivar homens, principalmente aqueles que pertencem à faixa etária mais afetada pela doença, a realizarem o exame preventivo. Naturalizar uma prática de saúde, que visa a prevenção de uma doença fatal, pode muitas vezes ser um desafio em países com pouco investimento em ações de promoção e divulgação de informações em saúde.

Além do exame tradicional do toque, outras metodologias laboratoriais podem ser utilizadas para complementar o diagnóstico e deixá-lo mais completo. O exame conhecido como PSA ou Antígeno Prostático Específico tem o objetivo de dosar (quantificar), a partir de uma amostra de sangue, a quantidade de uma molécula glicoprotéica produzida pela próstata (por isso, presente apenas em homens!). Sua função fisiológica é deixar o sêmen mais líquido, por isso, pode também ser encontrada no sêmen em condições normais, além do sangue, em pequenas quantidades.

Quando seus valores séricos aumentam, pode ser um reflexo de alterações na próstata, como tumores ou lesões. Vale ressaltar que o aumento do PSA não significa necessariamente a presença de um câncer. Lesões causadas por exercícios físicos (como andar de bicicleta), hiperplasias benignas e inflamações também promovem um aumento sérico dos níveis de PSA, logo, o PSA pode estar elevado com ou sem a presença de um tumor. O melhor método diagnóstico continua sendo a palpação da próstata e a biópsia, para constatar a presença de alguma anormalidade.

Com o avançar da idade, os níveis séricos de PSA tendem a aumentar, por isso o exame não é indicado para pacientes com mais de 70 anos, além de não ser também não ser indicado para indivíduos com idade inferior a 40 anos.

Sua dosagem, como dito acima, é realizada a partir de uma amostra de sangue. Não se engane! O toque retal não pode ser substituído pela dosagem do PSA, pois somente ele pode avaliar o órgão morfologicamente. Não existe um valor específico que determine a presença ou ausência de um câncer de próstata. Sabe-se que níveis elevados de PSA podem sim indicar a presença de um câncer, porém níveis muito baixos não eliminam a possibilidade da presença de tumores. O ponto de corte mais adotado para identificar a necessidade de exames complementares para o PSA é o de 4ng/mL.

O exame também é importante após o diagnóstico do câncer prostático, sendo uma importante ferramenta de acompanhamento do tratamento. A melhor forma de prevenção do câncer de próstata é a prática de vida saudável, aliando uma boa alimentação com a prática de atividades físicas, além da realização de exames de prevenção sempre que necessário. Um bom diagnóstico precoce aumenta muito as chances de cura. Proteja-se e Previna-se!

Por Denilson de Araújo e Silva

Graduando em Biomedicina pelo Centro Universitário UNINOVAFAPI

Pós-Graduando em Microbiologia Clínica pelo Instituto GPI

COMPARTILHE ESSE POST:

WhatsApp
Facebook
Twitter
Telegram
LinkedIn

Conheça algumas Pós-graduações disponíveis no GPI:

Hematologia Laboratorial

Citologia Clínica

Psiquiatria

Medicina do Trabalho